Pardas, vorazes e tão sensíveis
criaturas inesquecíveis ardentes
(mesmo no escuro)
que se irritam se olhadas de soslaio
enfeitam vasos rasos de água
onde vão escondendo as lágrimas.
É sempre com elas
que florescem os ruídos
que começam
pouco a pouco
a enganar o silêncio.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Que Vida Existe (no Moinho das Freiras)
Que vida existe
onde não há vida
humana para além de mim.
Há a água, o Sol, as formigas gigantes
e os peixes invisíveis, os lagartos e as cobras móveis
e eu sozinho, quieto no meio do vale arrebatador
na margem do quilómetro de rio dormente
que reflecte a abóbada celeste azul
formando uma paisagem
tão serena que quase
corta a respiração.
onde não há vida
humana para além de mim.
Há a água, o Sol, as formigas gigantes
e os peixes invisíveis, os lagartos e as cobras móveis
e eu sozinho, quieto no meio do vale arrebatador
na margem do quilómetro de rio dormente
que reflecte a abóbada celeste azul
formando uma paisagem
tão serena que quase
corta a respiração.
Enquanto os Dias Passam
Enquanto os dias passam
amargos costuma senti-los
sentado em brasas
apagadas.
O calor extinguiu-se há muito,
mas a impaciente fervura do lume,
que lhe ficou na memória,
não o deixa sentir-se em paz:
ferve sempre e sempre muito,
a todo o momento, por dentro,
sentado em brasas,
apagado.
amargos costuma senti-los
sentado em brasas
apagadas.
O calor extinguiu-se há muito,
mas a impaciente fervura do lume,
que lhe ficou na memória,
não o deixa sentir-se em paz:
ferve sempre e sempre muito,
a todo o momento, por dentro,
sentado em brasas,
apagado.
Os Aromas
São os aromas
dos que se querem
em segredo ou não
mais que amigos
menos que amantes
ou vice-versa
(isso não interessa).
É assim rapariga
que a vida flui.
dos que se querem
em segredo ou não
mais que amigos
menos que amantes
ou vice-versa
(isso não interessa).
É assim rapariga
que a vida flui.
Hoje
Hoje dedico o meu olhar
à incapacidade de suster
lentamente um equilíbrio
na corda esticada
entre o meu coração e o teu
Tremo,
só de pensar caminhar nela,
mas não me atrevo a não avançar.
à incapacidade de suster
lentamente um equilíbrio
na corda esticada
entre o meu coração e o teu
Tremo,
só de pensar caminhar nela,
mas não me atrevo a não avançar.
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