A memória incha e chora
enquanto aflora a madrugada
e ao nascer, completo o dia,
pede desculpa por se ter mantido em silêncio durante tanto tempo.
Rio-me com ela agora,
enquanto bebemos espumante alvarinho
e ela se entretém a contornar-me os dedos
com uma navalha sem reflexo.
Guardo penitente todas as pessoas que conheci,
num cofre de conchas, como pérolas,
que ficarão a crescer, a aumentar, mais valiosas.
A memória está encerrada com elas:
uma vida cada pérola
do colar que é a minha própria vida.
Lembrar-se-ão como eu?
sábado, 11 de dezembro de 2010
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