Passam os dias
e pouco me vou lembrando de ti.
Ignoramo-nos.
À distância nada se passa
continuas inacessível
não me é permitido interessares-me
e não te procuro
como tu não me procuras.
Por vezes contudo
encontramo-nos
passamos perto por acaso
paramos um em frente do outro
e conversamos educadamente.
Acontece então que
quando respiras
o fazes muito profundamente.
Percebo porquê quando procuras os meus olhos
no final das frases
e eles ali estão ávidos à espera dos teus.
A tão curta distância
atrais-me tanto
que dificilmente controlo a vontade
de respirar como tu respiras.
As palavras são apenas o suporte dos olhares
meu e teu
através dos quais
corre uma onda fina muito fina
de agradável perturbação.
E em cada frase a onda vai do
meu ao teu olhar
e volta e vai
de novo, tão forte
que se nos aproximássemos mais…
sábado, 22 de janeiro de 2011
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